Utensílios para a introdução alimentar?

Amamentar não é algo tão intuitivo para os seres humanos como é para outros mamíferos.

Quais utensílios realmente precisam ser comprados para a introdução alimentar?

Hoje eu quero que você entenda a função de cada um nessa nova etapa para que consiga ser crítica sobre a real importância ou o quanto você vai poder ou querer investir financeiramente. 

Então, vamos lá!

1. Cadeira de alimentação

Esse item é o mais importante, pois garante a postura ereta do bebê e a segurança contra engasgo.

Diante de tantas opções para escolher, você precisa avaliar o quanto poderá gastar, o espaço da casa/apto e as considerações que trago a seguir. Mas, já antecipo que não precisa investir muito dinheiro nela pois, bem ou mal, é um item transitório. Após começarem a andar, eles não querem ficar muito tempo sentados e outras estratégias precisarão ser usadas. Então vale à pena olhar até em sites/grupos de desapego.

O que considerar quando for escolher uma:

- A altura da cadeira em relação a mesa - o bebê deve ficar na mesma altura que os demais para visualizar as pessoas comendo e os alimentos, o que ajuda a se interessar pela comida e aprender pela observação.
- A altura do assento da cadeira em relação a bandeja ou mesa – o cotovelo do bebê deve ficar na altura ou acima da bandeja para que ele possa ver o que está nela e liberar os braços. Caso o bebê seja pequeno, você pode ajustar a altura colocando um livro por baixo para ajudar nessa elevação.
- Ter apoio para os pés (no caso das portáteis, que serão anexadas à cadeira da mesa, é importante garantir que sobre ainda uma parte da mesma para o apoio dos pés, especialmente no início).
- Evitar as acolchoadas – para serem simples e fáceis de lavar.

2. Tapete impermeável

Eu considero esse um item útil, pois ele apara o alimento que cai, possibilitando reaproveita-lo e também facilita na hora de limpar, já que não suja o chão. Geralmente esses tapetes acabam sendo multifuncionais e poderão ser usados em outras situações mais à frente como para fazer piquenique, apoio para brincadeiras que sujam ou suporte de brinquedos quando num passeio, etc.

Você pode comprar de marcas que já trabalhem com babadores ou comprar aquelas toalhas que colocamos na mesa. Avalie a sua condição financeira.

3. Prato

Esse item é mais importante para a oferta de comida amassada para o bebê. Porém, ele não precisa ter divisórias para você separar a comida, tá?! Ou seja, você pode usar qualquer um que já tenha casa mesmo.

É comum, nas famílias que oferecem o alimento inteiro ao bebê, que se utilizem da própria bancada da cadeira de alimentação, não necessitando de prato. Mas, em caso de querer colocar o alimento inteiro no prato ou possibilitar que o bebê toque a comida amassada, é importante que este seja de inox, plástico livre de BPA ou bambu, principalmente com ventosa, pois dificulta que este vire um objeto distrator durante a refeição.

4. Talher

Item necessário para quem for oferecer a alimentação, mesmo que em parte, através da colher.

O que considerar quando for escolher:
Materiais: inox, silicone, bambu ou plástico livre de BPA

Colher
Se atentar ao tamanho da colher em relação a boca do bebê e a quantidade que ele come. No início costuma ser pouco o volume, então colher menor é bem-vinda.
Ser rasa e não funda, para facilitar a retirada da comida pelo bebê sem precisar ficar raspando a colher no céu da boca.

E a colher de treinamento?

Na minha opinião não é necessário oferecermos talher quando desejamos que o bebê se alimente sozinho, pois o contato das mãos com as inúmeras informações sensórias que o alimento proporciona ajuda na aceitação, na redução de engasgo, no desenvolvimento motor e tantos outros aprendizados. A partir dos 9 ou 10 meses é que eles vão tendo uma habilidade mais fina que gera um interesse mais natural por pegar e utilizar esses outros objetos durante a refeição.

Garfo
Pode ser usado para ajudar o bebê a comer sozinho os alimentos inteiros mais escorregadios ou conforme eles vão ficando menores.

5. Copo

Pode ser do mais simples que temos em casa ou comprar alguma das opções abaixo.
Copo de vidro: dar preferência aos pequenos (mini). Esse volume menor ajuda a reduzir o derramamento e o engasgo já que se consegue ter melhor controle da inclinação.
Copo de transição: optar pelo bico rígido, pois o de bico mole ainda pode gerar confusão de ou ser usado como mordedor e acabar não bebendo a água.
Copo 360° - exige necessidade de sugar e pode precisar de mais habilidade do bebê. O bom é que se esse copo cai, não derrama o líquido.
Colher de chá ou seringa – podem ser boas estratégias logo no comecinho.

6. Babador

Esse item também pode ser útil pois evita de sujar a roupa ou o bebê em excesso e, com isso, facilitar na hora de limpar, mas sempre gosto de reforçar que é bom avaliar a adaptação do seu filho(a).

O que considerar quando for escolher um:
Material: escolha tecido impermeável, pois aí sim será fácil de lavar e usar novamente, sem precisar comprar muitos. Tem uns que tem um bolsinho (aparador de comida) que também ajudam a reduzir a sujeira e aproveitar o alimento que cai.
Tamanho: tem babador de pescoço e de vestir - regata, de manga curta e longa. Avaliar o clima local para ver qual o melhor a comprar.

Quem não quiser ou puder comprar ou o bebê não aceitar ficar com o babador, optar por deixa-lo somente de fralda ou deixar roupinhas que já estão mais usadas para serem usadas nesse momento, sem estresse de suja-las.

Potes diversos

Eles são importantes para agilizar a rotina com congelamento dos alimentos individualmente ou em porções completas de um prato.

O que considerar quando for escolher um:
Potes de vidro com tampa de plástico – colocando uma quantidade de comida que fique 1 dedo abaixo da tampa, sem tocar nela.  Potes plásticos – precisam ser livres de BPA, é necessário deixar primeiro o alimento esfriar na geladeira para depois colocar no pote e o descongelamento não pode ser em banho maria ou micro-ondas, mas sim, na geladeira, pois não é aconselhável aquecer o pote de plástico, pois liberam substâncias tóxicas e cancerígenas.

Depois de todas essas informações, desejo que você esteja mais preparada para criticar o investimento que a indústria faz em marketing para nos fazer acreditar que precisa de muitos utensílios para começar a IA.

Quantas coisas compramos desde a gestação e nem usamos? Te convido a se lembrar do principal: seu bebê é um agente importante a ser considerado no início do aprendizado dele de comer!

Por Nutricionista e Educadora Materno Infantil Integrativa
Camila Motta - @nutrirmaes

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Baby-ler weaning. BLW: O desmame guiado pelo bebê – Gill Repley, Tracey Murkett, Editora Timo 2017.
Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos – Brasília: Ministério da Saúde, 2019.

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