Como saber o bebê está pronto para comer?

Amamentar não é algo tão intuitivo para os seres humanos como é para outros mamíferos.

Você sabia que não é só a idade que define quando o bebê poderá começar a comer alimentos sólidos?

Muitas mães tem a idade de 6 meses como marco para esse início, mas outros aspectos devem ser avaliados e são igualmente importantes para iniciar a alimentação com segurança, principalmente para redução de engasgo.

Vem que vou te explicar com mais detalhes:

Idade

Aos 6 meses de vida, a grande maioria dos bebês, já tem presentes ou começam a aparecer as habilidades relacionadas à alimentação conhecidas como sinais de prontidão, que são:

- Sentar sem apoio (ou o máximo que conseguir);
- Sustentar a cabeça sozinho;
- Alcançar objetos fáceis de agarrar, usando toda a palma da mão para segurá-los e levá-los à boca com bastante precisão;
- Mostrar interesse ao ver os familiares comendo ou bebendo algo;
- Reduzir o reflexo de protrusão da língua.

Além disso, nessa idade, o corpo do bebê está mais desenvolvido a nível imunológico, digestivo e renal para receber, em maior concentração, os compostos que vem da ingestão dos alimentos sólidos.

Inclusive, é devido a isso que hoje já é reconhecido e recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria a não ingestão ou prescrição de alimentos sólidos antes dos 6 meses de vida do bebê, a fim de reduzir casos de alergias, engasgos, excesso de peso, desnutrição e carências de micronutrientes.

Sentar sem apoio (ou o máximo que conseguir) e sustentar a cabeça sozinho

O alinhamento da coluna do bebê, demonstra força e estabilidade dos músculos da barriga e das costas auxiliando na estabilidade muscular do pescoço e cabeça, garantindo segurança no movimento de deglutição, prevenindo contra engasgo.

Por isso, é contraindicado alimentar o bebê em qualquer local que o deixe inclinado pois dificulta a ação protetora dos mecanismos reflexos contra o engasgo.

Além disso, esse alinhamento permite que o bebê libere os braços e possa se interessar mais em explorar os objetos ao seu redor, aumentando o interesse na alimentação complementar.

Precisão ao levar objetos à boca

A oferta de alimentos sólidos inteiros ao bebê é muito importante para o desenvolvimento motor e sensorial, mas é um ponto que causa medo de engasgo às famílias. Portanto é na auto alimentação pelo bebê que faz com que haja redução no risco de engasgo e, para isso, ele tem que estar bem seguro desse movimento de preensão palmar. Desta forma, ele consegue perceber melhor o alimento e regular a abertura da boca, mordida e trabalhar o desenvolvimento da mastigação.

Mostrar interesse ao ver os familiares comendo ou bebendo algo

Quando o bebê está interessado, ele está ativo e, com isso, mais consciente de alguns movimentos que deverá fazer ao levar o objeto (alimento) à boca, reduzindo o risco de engasgo. A partir dos 4 meses eles já começam a observar os movimentos e comportamentos alimentares da família e, aos poucos, vão imitando o adulto.

Por isso que não é recomendado oferecer alimentos ao bebê que acabou de acordar ou que está querendo dormir, pois ainda está sonolento e sem consciência dos movimentos que deverá fazer para aquela ação. Nesse caso, a alimentação não é a prioridade e a família não deve se fixar em horário de oferta do alimento, mas sim na rotina de alimentação que estão desenvolvendo.

Reduzir o reflexo de protrusão da língua

É natural que o bebê coloque a língua para fora ao explorar algo com a boca. Isso é parte do movimento de sucção pelo processo da amamentação. Espera-se que ele esteja reduzido quando no início da introdução alimentar para facilitar a aceitação dos alimentos, caso contrário, ele irá empurrá-los para fora da boca, gerando um momento mais angustiante para as famílias que, diante disso tendem a se frustrar e acabar empurrando a comida ou distraindo o bebê, aumentando muito as chances de engasgo.

Diante disso tudo, te convido a não se fixar no calendário, na data que seu bebê completa 6 meses, para que você ajuste as suas expectativas. O leite materno seguirá sendo o principal alimento (ou a fórmula infantil) durante os próximos 6 meses, justamente para que vocês possam viver esse momento de transição de forma leve e gradual, afinal, ambos estão diante de muitos aprendizados.

Por isso, o melhor investimento é realizar o acompanhamento nutricional para a introdução aos alimentos complementares, de preferência a partir dos 5 meses, para que vocês tenham tempo de processar todas as novas informações que virão com essa fase e se sintam mais tranquilos e confiantes!

Lembre-se...

Lembre-se: seu bebê é único, sua realidade é única e esse momento também será único! Não se compare! Se prepare!  E eu estou aqui para dar as mãos a vocês!  Camila Motta Nutricionista e Educadora Materno Infantil Integrativa @nutrirmaes

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos – Brasília: Ministério da Saúde, 2019.
Alimentação complementar para o lactente saudável - Ampliando as Escolhas com Evidências Aplicáveis e Sustentáveis. GPA Nº 162, 22 de Julho de 2024

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