Introdução Alimentar: Como e Quando Oferecer Alimentos Sólidos ao Bebê
O bebê nasce e o desafio da amamentação pode se tornar até maior que o do próprio parto. Que mãe não experimentou essa sensação? Mas, depois de muito ajuste, começa a fluir, o bebê começa a ganhar peso e aquele momento se torna de alegria e prazer.
Quando você pensa que venceu essa etapa, vem a introdução alimentar trazendo mais um turbilhão de medos e dúvidas. Não é assim? Mas, fique tranquila. Vou compartilhar como você deve conduzir a introdução alimentar e encará-la com a
leveza que ela deve ter.
Lembre-se:
A OMS recomenda aleitamento materno exclusivo até 6 meses e que a introdução alimentar é uma fase de reconhecimentos dos alimentos e de uma nova forma de se nutrir, mas o leite materno (ou a fórmula) ainda é a principal fonte de nutrientes e deve ser mantido. Portanto, curta o processo.
Já sabemos então, que para iniciar a introdução alimentar o bebê deve ter 6 meses, mas além da idade ele deve apresentar também os sinais de prontidão. Esses sinais são:
1. O bebê já deve possuir controle cervical, ou seja, sustenta a cabeça e consegue sentar sem apoio;
2. O bebê passa a apresentar interesse pela comida, muitas vezes, tentando agarrar a comida do prato dos pais;
3. O bebê tem a capacidade de levar objetos a boca;
4. O reflexo de protrusão da língua fica reduzido.
Lembrando que para a introdução alimentar, consideramos a idade corrigida em caso de prematuros. Ou seja, se seu bebê nasceu 5 semanas antes da data provável do parto, ele iniciará a introdução alimentar com 7 meses e 1 semana.
Agora que você já sabe quando oferecer a pergunta é “como oferecer”?
Você já deve ter ouvido da sua avó para fazer aquela papinha toda batida no liquidificador. Porém, acreditamos que os bebês que apresentam os sinais de prontidão já são capazes de experimentar texturas macias e que os alimentos devem ser dispostos no prato de forma separada para que ele tenha contato também com cores, cheiros e sabores diferentes.
Em contrapartida, também se fala do BLW (“Baby Led Weaning”), método onde os alimentos são oferecidos em pedaços e o bebê é responsável por pegar e levar a boa de forma mais independente. Esse método também recebe criticas no sentido de que a ingesta calórica do bebê acaba ficando abaixo do recomendado.
O melhor método é aquele que respeita o desenvolvimento do bebê
Aquele que seu bebê se adapta melhor e que você se sente seguro para oferecer. Atente-se para a qualidade dos alimentos oferecidos, para a diversidade das cores e sabores. Misture as texturas e permita que seu bebê tenha a maior experiência sensorial possível e curta o processo. Afinal, não comemos somente para nos nutrir.
