O emocional da mulher no puerpério

Amamentar não é algo tão intuitivo para os seres humanos como é para outros mamíferos.

O bebê chegou, e, de repente, você se vê inundada por medos, incertezas e aflições.

Por mais que esse filho tenha sido esperado e desejado, os primeiros meses de vida dele podem trazer momentos desafiadores. Isso acontece porque, após o parto, você passa por mudanças hormonais intensas, com quedas acentuadas nos níveis de estrogênio e progesterona. Essas oscilações podem aumentar a sensibilidade emocional e até causar crises de ansiedade.

É natural sentir uma vulnerabilidade maior, com momentos em que você alterna entre euforia e tristeza profunda. Ainda que essa fase seja desafiadora, ela pode ser vivida de forma mais leve com o suporte certo.

Para muitas mulheres, o puerpério representa uma perda temporária de identidade. O foco e as demandas do bebê são tão intensos que é fácil sentir que aquela vida que você tinha antes da maternidade ficou para trás. Essa sensação pode trazer à tona sentimentos de solidão e a impressão de que você deixou de ser quem era. Entender que essa fase é parte do processo e que sua identidade será reconstruída ao longo do tempo é fundamental para a sua saúde mental.

Seus Sentimentos São Válidos

Eu sei... é comum ouvir frases como “Aproveite cada momento, pois passa rápido”. Mas se esse conselho, embora bem-intencionado, te causa uma pressão emocional, permita-se ignorá-lo. É natural que haja dias desafiadores, e você não precisa se forçar a “aproveitar” cada instante. Às vezes, é suficiente apenas estar presente e fazer o que for possível naquele dia. Lembre-se de que seus sentimentos são válidos.

Aceite Ajuda

Às vezes, aceitar ajuda pode parecer difícil. Você talvez sinta que deveria dar conta de tudo sozinha ou que pedir apoio significa que não está cumprindo seu papel como mãe. Mas saiba que o puerpério é um período em que aceitar ajuda é um ato de autocuidado, e não um sinal de fraqueza.

Permita-se contar com as pessoas ao seu redor, seja para segurar o bebê enquanto você toma um banho ou para ouvir suas angústias. Sua rede de apoio é um recurso precioso e você merece o descanso e o acolhimento que eles podem oferecer.

Baby Blues

O baby blues, ou “tristeza pós-parto”, é algo comum e acontece com 50% a 80% das mães nos primeiros dias após o nascimento do bebê. Diferente da depressão pós-parto, que é mais grave e duradoura, o baby blues é uma fase passageira de melancolia, irritabilidade e até crises de choro sem motivo aparente. Esse estado emocional pode durar alguns dias ou até duas semanas, sendo desencadeado pelas mudanças hormonais logo após o parto.

Os sintomas mais comuns do baby blues são:

Sensação de Tristeza e Melancolia: Mesmo em meio à alegria de ter um bebê, você pode sentir-se inexplicavelmente triste e vulnerável.
Irritabilidade e Ansiedade: O cansaço acumulado e a adaptação à nova rotina podem trazer sensações de irritabilidade e inquietação.
Crises de Choro: É comum sentir vontade de chorar sem motivo específico, especialmente quando as demandas do bebê parecem se acumular.
Dificuldade em se Conectar com o Bebê: Você pode sentir que ainda não estabeleceu uma conexão profunda com o bebê, o que é angustiante, mas temporário.

Essas emoções podem se intensificar devido à privação de sono e à nova rotina, que exigem tempo para adaptação física e mental. Normalmente, o baby blues melhora sozinho, especialmente com apoio emocional de familiares e amigos. Falar sobre essas emoções e buscar suporte pode aliviar o desconforto e ajudar você a se sentir mais compreendida e menos isolada.

Quando o Baby Blues Se Torna Algo Mais

Embora o baby blues seja temporário, é importante observar se ele está evoluindo para algo mais sério, como a depressão pós-parto, que exige acompanhamento profissional. Se os sintomas persistirem por mais de duas semanas ou se intensificarem, considere buscar ajuda. Essa intervenção precoce pode fazer uma grande diferença no seu bem-estar e na sua relação com o bebê. A psicologia perinatal é uma área especializada para acompanhar as mulheres nesse período, oferecendo o suporte necessário para que você se sinta amparada.

Rebeca Maria Vieira – Psicóloga Materna CRP: 01/25079

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